Elaboração do Plano de Ação
Elaboração de questões contemplando habilidades conforme sugestão do mapa de habilidades para avaliação diagnóstica na segunda semana de aula.
Leitura e Discussão
"Em debate: trabalho com habilidades socioemocionais.
Nesta semana, o Ministério da
Educação (MEC), a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(Capes) e o Instituto Ayrton Senna assinaram um acordo para fomentar a pesquisa
sobre a importância das habilidades socioemocionais. O protocolo tem como
previsão criar um programa de formação de pesquisadores e professores no
campo sobre competências não cognitivas. A Capes lançará também um edital para
a concessão de bolsas de estudos na área.
Para falar sobre o assunto, o Centro
de Referências traz a professora da Universidade de Campinas (Unicamp) e
pesquisadora do tema Telma Vinha, que estuda as relações interpessoais, assim
como a psicologia, desenvolvimento humano e educação. Além disso, a professora
lidera o Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação Moral (GEPEM), da
universidade.
Na entrevista, a pesquisadora mostra
que além da avaliação das habilidades não cognitivas, é preciso também repensar
a própria forma como a escola está organizada, pois os alunos só irão vivenciar
verdadeiramente atividades de cooperação e generosidade, por exemplo, quando o
restante da escola também estiver alinhado a esses conceitos.
Telma aponta ainda que é preciso
intensificar a formação dos professores desde a universidade, oferecendo
conteúdos que façam mais sentido ao dia a dia da sala de aula. Confira!
Importância
das habilidades não cognitivas
É muito importante a questão das
habilidades socioemocionais estarem na pauta das políticas públicas. No
entanto, a discussão sobre as habilidades cognitivas e não-cognitivas não é
algo novo, pois têm sido estudadas há muitos anos. O que é novo na
discussão é a forma como as habilidades não-cognitivas podem interferir no
desempenho escolar.
Nosso principal objetivo ao tratar
esses temas é o de favorecer a construção da autonomia do estudante, não apenas
melhorar o desempenho. A melhoria nessa dimensão é uma das
consequências. Contudo, consideramos um avanço que tais questões sejam alvo de
discussões atuais ainda que, muito do interesse nessa área, seja
decorrendo da busca pelo desempenho.
Pesquisas demonstram que trabalhar as
dimensões socioemocionais é necessário para desenvolver a formação de pessoas
autônomas, tanto moralmente, quanto intelectualmente. Estudos atuais apontam
que à qualidade do clima de cada escola interfere tanto nesse processo quanto
no desempenho. Há dados que apontam que a melhoria do clima escolar
promove maior desempenho dos alunos, por volta de 40% nas médias das provas de
matemática e português.
Clima escolar
O
clima escolar corresponde a atmosfera, a valores, atitudes e sentimentos
percebidos pelos estudantes e adultos da instituição, assim como a relações
sociais e com o conhecimento. Cada escola possui o seu clima próprio. O
clima determina a qualidade de vida e a produtividade dos docentes e dos
alunos.
Ao aprimorar o clima
escolar, é melhorada a qualidade das relações entre todos e com o
conhecimento. O aluno passa a se sentir mais respeitado, pertencente àquele
espaço e motivado. Podemos dizer que o desenvolvimento das competências não
cognitivas também colabora para que haja um melhor clima dentro da escola e
vice-versa.
Acreditamos, porém, que investir nas
habilidades não cognitivas deve ter como meta algo maior que a melhoria do
desempenho, que é a formação de pessoas autônomas tanto moralmente quanto
intelectualmente.
Currículo
Muitas vezes percebe-se que
instituições preferem avaliar essas competências sem antes terem elaborado um
currículo que as envolva. Isso pode ser um caminho. Pois, primeiro se avalia, e
depois intervém. Porém, avaliar sem trabalhar com esses dados é perda de tempo
e investimento. É preciso que transformações nesse sentindo ocorram
efetivamente no contexto escolar. Inúmeros países estão discutindo essa
questão. Um exemplo de intervenção relacionada aos aspectos socioemocional tem
ocorrido na Espanha. No Brasil, nós temos Projeto Político Pedagógico (PPP),
mas na Espanha, por exemplo, além do PPP, as escolas precisam elaborar um
Projeto de Convivência, planejando suas relações interpessoais. É feito um
diagnóstico do clima escolar cujos dados são discutidos com toda a comunidade.
A instituição busca formação que aborde os diversos procedimentos para atuar
nos problemas identificados, construindo seu Projeto de Convivência, em que
toda a escola estuda procedimentos para desenvolver relações de colaboração,
maior participação e criação de espaços de diálogos para a resolução de
conflitos. São concretizados inúmeros procedimentos para isso tais como a
implantação de assembleias nas classes e na escola, de ouvidorias, aulas em que
são trabalhadas as habilidades sociomorais, salas de convivências, cotutorias.
As escolas desenvolvem projetos em que os alunos são protagonistas, sendo
mediadores dos conflitos, ajudantes e mentores de forma a participarem de fato
da organização e da boa convivência. É importante haver também mudança no
trabalho com o conhecimento, na relação pedagógica, de forma que se favoreça o
desenvolvimento da afetividade intrapessoal, como a motivação, interesse,
persistência diante de desafios, entre outras.
Avaliação
socioemocional da escola
É válido avaliar essas habilidades
nos alunos. Porém, é preciso ir além, avaliando a escola como um todo. É
preciso que os dados coletados sejam analisados, discutidos e que intervenções
sejam planejadas e implantadas. Não se pode pensar em programas que focam
apenas os estudantes. Se não atuarem nos demais profissionais da escola e
também na comunidade, as mudanças serão pontuais. Não basta apenas mudar o
currículo, mas sim realizar uma mudança de paradigma na escola. É claro que um
currículo irá favorecer, mas a aprendizagem se dará no exercício cotidiano. É
preciso que a instituição se constitua como um ambiente cooperativo, em que são
modificadas, por exemplo, a forma como as regras são elaboradas e legitimadas,
a concepção e intervenção em situações de conflitos, os mecanismos de
cooperação e de participação dos alunos, o trabalho com o conhecimento.
Pois só com vivências efetivas a escola conseguirá oferecer um ambiente
favorável para os alunos desenvolverem a coordenação de perspectivas, a
argumentação, o diálogo, a generosidade, e isso vai além de grêmios ou de rádios
comunitárias.
Como
deveria ser a formação dos professores
Poucos cursos de licenciatura inserem
em seus currículos de forma efetiva as competências não cognitivas, o estudo do
desenvolvimento social e afetivo da criança, as relações interpessoais, os
conflitos, a indisciplina. Esse tipo de conteúdo aparece de forma transversal
em algumas disciplinas do curso universitário, mas sem
ser dado o espaço que necessitam nessa formação. É preciso abordar essas
dimensões tanto na graduação quanto na formação continuada, ou seja, nos cursos
de aperfeiçoamento e especializações e nos momentos de estudo coletivo dos
profissionais da escola. Esses momentos são fundamentais, pois neles ocorrem a
discussão dos problemas, a troca de experiências, o estudo e a construção
coletiva de alternativas para enfrenta-los.
O que são habilidades não-cognitivas?
O que são
competências não-cognitivas?
Especialistas dizem quais aspectos da
personalidade são decisivos para o sucesso escolar e individual do seu filho
Foto: Aline Casassa
Autonomia, estabilidade emocional, sociabilidade, capacidade de superar
fracassos, curiosidade e perseverança são algumas habilidades não-cognitivas
Qual é a fórmula para
que alunos tenham sucesso em suas vidas? Durante muito tempo,
inteligência, capacidade de resolver problemas e raciocínio lógico foram as
respostas para essa pergunta. Até por isso, todas as avaliações educacionais
atuais visam medir essas competências, conhecidas
como cognitivas, por estarem ligadas ao conhecimento. Exemplo
máximo é o PISA, organizado pela OCDE e que compara o desempenho de estudantes
de 65 economias mundiais em Leitura, Matemática e Ciências.
Mas um novo elemento foi
recentemente adicionado à equação do sucesso individual dos alunos. Diversas
pesquisas mostraram que não basta dominar Português e Matemática, por exemplo,
se o indivíduo não souber se relacionar com os outros, não for determinado e
não conseguir controlar suas emoções, entre outras características da
personalidade. São as competências não-cognitivas ou socioemocionais,
como chamam os educadores: autonomia, estabilidade emocional, sociabilidade,
capacidade de superar fracassos, curiosidade, perseverança…
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"Não há uma lista fechada de quais são essas
competências, mas os pesquisadores descobriram que para as pessoas serem
felizes e terem uma carreira bem-sucedida, esse tipo de habilidade importa
tanto quanto o saber fazer coisas", explicou Daniel Santos, economista e
consultor do Instituto Ayrton Senna (IAS), que organizou em
parceria com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE)
o primeiro teste em escala para a avaliação dessas habilidades não-cognitivas.
"Queremos que essa primeira avaliação nos
ajude a compreender como cada um desses fatores impacta a aprendizagem dos
estudantes", afirma Mozart Ramos Neves, diretor de inovação do Instituto.
Os resultados da avaliação, aplicada em 55 mil alunos da rede estadual do Rio
de Janeiro, foi divulgado em março de 2014. A OCDE, que também coordena o PISA,
tem interesse em fazer um estudo longitudinal das competências não-cognitivas
em diferentes países, isto é, o intuito é acompanhar grupos de alunos ao longo
do tempo para entender como a escola pode favorecer o desenvolvimento das
habilidades não-cognitivas e como isso altera a aprendizagem.
Habilidades que ajudam na aprendizagem
O que as pesquisas estão descobrindo agora, pais e
professores já sabiam há tempos. Sem esforço, organização, dedicação e boa
sociabilidade, mesmo um aluno inteligentíssimo terá dificuldades em ter uma
vida estudantil e profissional bem sucedida. Por outro lado, um aluno com
alguma dificuldade de aprendizagem pode compensar com perseverança, disciplina
e maturidade emocional para dar a volta por cima. "Esses traços do caráter
e da personalidade dos alunos fazem toda a diferença para que não só aprendam
mais, mas também para que não desistam dos estudos e de seus sonhos",
explica Santos.
E a melhor parte é que essas características não
são talentos natos, mas podem ser aprendidas em qualquer momento da vida.
"As pessoas têm predisposições, há crianças que são mais expansivas e
outras mais retraídas, por exemplo. No entanto, é a interação com as pessoas de
sua convivência que vai estimular ou não sua sociabilidade", explica a
professora de Psicologia Clínica e do Desenvolvimento da Unesp (Universidade
Estadual de São Paulo) Alessandra Turini Bolsoni Silva.
Apesar de a vivência escolar mostrar a importância
dessas habilidades no dia a dia, os especialistas avaliam que é necessário
haver um programa intencional e estruturado em forma de política pública para
que haja resultados positivos em todas as escolas.
A princípio, a ideia de colocar mais temas a serem
trabalhados em sala pelos professores parece desfocar a busca por uma educação
de qualidade. Até porque neste quesito ainda estamos bem atrasados. Só lembrar
que, no PISA 2012, ficamos em 58º lugar dentre os 65 participantes. Porém, as
pesquisas deixaram claro que o desenvolvimento das habilidades não-cognitivas
colaboram diretamente para uma boa aprendizagem dos alunos. "Integrar as
não-cognitivas talvez seja um caminho para alavancar o sucesso escolar dessas
crianças", diz Mozart Neves.
Depois de um extenso estudo bibliográfico, o
Instituto Ayrton Senna em parceria com a OCDE, agrupou seis habilidades
não-cognitivas mais importantes para serem avaliadas. Confira quais são:
Material disponível em: Habilidades não-cognitivas
Planejamento: Acolhimento dos Alunos
Período Manhã e Tarde
Em breve postagem do plano elaborado para reflexão do filme.
A programação para o 5º dia está em aberto, porém a proposta é depoimento de alunos que realizaram a prova do ETEC e reflexões de alunos da manhã para serem apresentadas no período da tarde.
Período Noturno - EJA
Compartilhando ações bem sucedidas
Aguardem postagem dos projetos:
- Africanidades 2016: África Brasil - A origem de um povo. Três etnias no ciclo do Boi-bumbá
- Olimpíadas 2016 - Feira das Nações: O mundo cabe no MISM
Encerramento
Tudo Novo de Novo
Vamos começar
Colocando um ponto final
Pelo menos já é um sinal
De que tudo na vida tem fim
Vamos acordar
Hoje tem um sol diferente no céu
Gargalhando no seu carrossel
Gritando nada é tão triste assim
É tudo novo de novo
Vamos nos jogar onde já caímos
Tudo novo de novo
Vamos mergulhar do alto onde subimos
Vamos celebrar
Nossa própria maneira de ser
Essa luz que acabou de nascer
Quando aquela de trás apagou
E vamos terminar
Inventando uma nova canção
Nem que seja uma outra versão
Pra tentar entender que acabou
Mas é tudo novo de novo
Vamos nos jogar onde já caímos
Tudo novo de novo
Vamos mergulhar do alto onde subimos
Colocando um ponto final
Pelo menos já é um sinal
De que tudo na vida tem fim
Vamos acordar
Hoje tem um sol diferente no céu
Gargalhando no seu carrossel
Gritando nada é tão triste assim
É tudo novo de novo
Vamos nos jogar onde já caímos
Tudo novo de novo
Vamos mergulhar do alto onde subimos
Vamos celebrar
Nossa própria maneira de ser
Essa luz que acabou de nascer
Quando aquela de trás apagou
E vamos terminar
Inventando uma nova canção
Nem que seja uma outra versão
Pra tentar entender que acabou
Mas é tudo novo de novo
Vamos nos jogar onde já caímos
Tudo novo de novo
Vamos mergulhar do alto onde subimos
Tudo novo de novo
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