ATIVIDADE DA TEIA
Material: um rolo de barbante.
O procedimento é o seguinte: em um espaço aberto (que pode ser dentro da sala mesmo, com as carteiras afastadas, ou em um pátio), eu e os alunos formamos um círculo. Entrego o rolo de barbante para um dos alunos e peço que ele diga seu nome, jogue o rolo para outra pessoa e diga o que ele deseja para este colega naquele semestre. Antes de lançar o rolo, ele segura em sua mão a ponta do barbante.
O próximo aluno repete o procedimento, sempre segurando o barbante e jogando o rolo para outro colega (que esteja, de preferência, distante dele no círculo), até que todos participem. Ao final, forma-se um emaranhado de fios com todos os alunos (e eu mesmo) segurando o barbante.
O início pode ser marcado pela timidez dos alunos, especialmente dos que são novos na escola. No entanto, à medida que o rolo de barbante for passando de mão em mão, o clima vai se descontraindo e os alunos vão se soltando. Os “desejos para o semestre” expressos por eles costumam ser sempre muito positivos:
“Desejo que você aprenda muito!”
“Espero que você tire notas muito boas!”
“Tomara que você faça muitos amigos nesta escola!”
Quando todos os alunos estão segurando no barbante, peça que digam o que aquele emaranhado de fios representa para eles. As declarações são muito interessantes:
“O fio representa a ligação entre os alunos.”
“O barbante é como o conhecimento, que vai passando de pessoa para pessoa.”
“Mostra que todos na classe estão unidos.”
“Significa que os professores estão junto com a gente.”
“É como aquela rede dos bombeiros; se alguém cai, os outros seguram.”
Estimule que os alunos comentem as declarações uns dos outros. É particularmente interessante essa ideia do apoio dos colegas, uma vez que sempre vêm à tona as dificuldades que enfrentam para frequentar a escola e como o amparo dos amigos que passaram (ou passam) por situações semelhantes é importante para ajudar a superá-las.
CONHEÇA SEU PROFESSOR
Organize
uma entrevista para que os alunos conheçam você melhor. Divida-os em grupos e
solicite que elaborem questões como se fossem repórteres.
Diga que as perguntas podem ser sobre sua idade, se tem filhos, quanto tempo
tem de profissão ou onde mora, por exemplo. Prontas as questões, sente-se num
local da sala onde todos possam vê-lo bem para respondê-las.
Avise que todos deverão trazer, no dia seguinte, um breve texto sobre tudo o
que lembrarem. Assim, eles prestam atenção.
Na próxima aula, sorteie algumas crianças para ler a produção escrita e peça
que as demais avaliem e complementem se necessário.
ÁRVORE DOS SONHOS
Representar uma árvore no papel pardo ou cartolina; afixá-la no painel ou parede. Em cima da árvore, escrever uma pergunta relacionada com o assunto (pode ser sobre questões ambientais, regras de convivência, o ambiente escolar etc) que será tratado durante o bimestre, trimestre... Ex.: Como gostaríamos que fosse...?
Cada criança receberá uma "folha da árvore" para escrever seu sonho, o sonho é o que a criança espera que "aconteça de melhor" para o assunto em questão. Depois, pedir para cada criança colocar sua folha na árvore dos sonhos.
Obs: Esta atividade poderá ser retomada durante o período que for trabalhado o assunto, ou ao final do período para que haja uma reflexão sobre o que eles queriam e o que conseguiram alcançar.
SEGUINDO O CHEFE
Objetivo:
Fazer um desenho em grupo onde cada participante esteja em uma situação especial.
Propósito:
Trabalhar a cooperação, a comunicação, planejamento, raciocínio lógico, confiança e a empatia.
Recursos:
Papel, canetas, vendas.
Número de Participantes:
Grupos de 5 pessoas
Duração:
A tarefa de desenhar o barco deve ser cumprida em cinco minutos.
Descrição:
Dividir a turma em grupos de cinco pessoas, colocando-as sentados no chão. Cada grupo terá como tarefa desenhar um barco utilizando uma folha de papel e canetas coloridas. Cada participante fará uma ação de cada vez, passando em seguida o desenho para o outro participante e assim por diante passando por todos um traço de cada vez até que o desenho esteja concluído ou tempo encerrado. Exemplo: o primeiro participante faz um traço, para e a próxima ação é de outro participante.
Os participantes terão também de obedecer as seguintes características individuais:
Participante 1 - é cego e só tem o braço direito;
Participante 2 - é cego e só tem o braço esquerdo;
Participante 3 - é cego e surdo;
Participante 4 - é cego e mudo;
Participante 5 - não tem os braços;
Portanto, para desenvolverem esses papéis, o focalizador pede que os grupos escolham quem será 1,2,3,4 e 5 entregando vendas par os olhos e tiras de pano para amarrar os braços que não deverão utilizar.
Quando os grupos estiverem prontos, começar a contar o tempo, deixando que os grupos façam a atividade sem interrupção. Neste momento o facilitador fica em silêncio, apenas observando o trabalho. Caso alguém solicite ajuda ou informações, reforce as instruções já ditas sem dar outras orientações. Caso algum participante faça perguntas do tipos está certo? Pode fazer assim? Deixe o grupo decidir. Não interfira. Estas situações poderão ser retomadas no momento de debate, para análise e como ilustração para outros comentários.
Após o jogo, o facilitador deve realizar o CAV (Ciclo de Aprendizagem Vivencial), abordando as dificuldades encontradas os desafios superados e as formas de cooperação colocadas em prática.
Dicas:
Pode-se jogar em dois tempos. Primeiro deixar que eles sintam o jogo que a princípio parece fácil e depois normalmente percebendo as dificuldades. Após os 5 minutos, alguns podem não ter terminado a tarefa e muitos poderiam certamente tê-la realizado com melhor qualidade. Por isso deixe que os grupos discutam como poderiam melhorar sua performance e depois peça que joguem novamente para colocarem em prática as alternativas poderão encontradas.
Após todo o processo abra uma discussão geral onde todos os grupos poderão expor dificuldades e soluções, impressões etc.
A Bala
Material: uma bala para cada aluno;
Objetivo: Desembrulhar a bala sem utilizar as mãos;
Resultado esperado: O aluno deverá pedir ajuda ao colega para desembrulhar a bala.
Disponha os alunos em semicírculo e em seguida distribua uma bala para cada um. Deve-se tomar o cuidado de deixar a bala logo em frente ao participante.
O Mediador, então, dá início à dinâmica explicando o objetivo e deixando bem claro (em várias situações), de que os alunos não poderão utilizar as mãos “deles”.
É importante que o grupo perceba que pode (e deve) pedir ajuda ao colega mais próximo para desembrulhar a bala.
Vale lembrar que, os alunos se preocupam somente em desembrulhar a bala e não prestam atenção no que o mediador diz: “Vocês não podem usar as suas mãos” no decorrer do exercício. Isso é aplicado também nas atividades escolares de sala de aula, onde a preocupação maior está em executar os desafios propostos e se esquecem de ler e entender os enunciados, ou seja, as instruções.
É uma dinâmica divertida e interessante, faz o aluno refletir sobre os seus próprios atos de cunho individual e de percepção, e, a recompensa foi muito apreciada, “a bala”.
Achei o texto abaixo bastante apropriado e pretendo abordar com meus alunos