O filme conta a história de uma criança que sofre com dislexia e custa a ser
compreendida. Ishaan Awasthi, de 9 anos, já repetiu uma vez o terceiro período
(no sistema educacional indiano) e corre o risco de repetir de novo. As letras
dançam em sua frente, como diz, e não
consegue acompanhar as aulas nem
focar sua atenção. Seu pai acredita apenas na hipótese de falta de disciplina e
trata Ishaan com muita rudez e falta de sensibilidade. Após serem chamados na
escola para falar com a diretora, o pai do garoto decide levá-lo a um
internato, sem que a mãe possa dar opinião alguma. Tal atitude só faz regredir
em Ishaan a vontade de aprender e de ser uma criança. Ele visivelmente entra em
depressão, sentindo falta da mãe, do irmão mais velho, da vida… e a filosofia
do internato é a de “disciplinar cavalos selvagens”. Inesperadamente, um professor substituto
de artes entra em cena e tão logo percebe que algo de errado estava pairando
sobre Ishaan. Não demorou para que o diagnóstico de dislexia ficasse claro para
ele, o que o leva a por em prática um ambicioso plano de resgatar aquele garoto
que havia perdido sua réstia de luz e vontade de viver. O filme é uma obra
prima do até então ator e produtor Aamir Khan, já macaco velho nas bandas de
Bollywood. Pela primeira vez, após a atuação em sucessivos filmes que lhe deram
a fama em anos recentes, Khan quis arriscar-se como diretor e impressionou pela
qualidade e sensibilidade neste filme. Ele não só dirige TZP, como produz, com
sua Aamir Khan Productions, e também atua no papel do professor substituto.
Ishaan Awasthi é interpretado pelo estreante Darsheel Safary, que também
surpreendeu pela qualidade de sua atuação. Merecidamente, Safary ganhou o
prêmio de melhor ator pela crítica, no mesmo Filmfare Awards deste ano de 2008.
Virou celebridade. Além dos prêmios de melhor filme e melhor ator pela crítica,
TZP ganhou também o prêmio de melhor direção, para Aamir Khan, e de melhor
letra de música. O filme, embora não tenha as exóticas cenas de dança, tem
músicas que aparecem como clipes, com imagens que não só
ilustram a melodia, mas também fazem parte do decorrer da história. Dentre as
músicas (muito boas, por sinal), Maa, que significa “mãe” em hindi, recebeu o
prêmio de melhor letra.
Filme disponível no site:
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